Língua portuguesa ganha novos espaços
Recentemente, a língua portuguesa foi lembrada em interessantes reportagens publicadas no caderno “Turismo”, da Folha.
Numa delas, informava-se que Nova York já vem se rendendo à língua de Camões: o MoMA (Museu de Arte Moderna), por exemplo, lançou em março a versão em português do Brasil de seu audioguia.
E a história não para por aí, já que, em Madri, importantes museus fizeram o mesmo, restaurantes já incluíram o português no cardápio e lojas disputam vendedores fluentes na nossa língua.
Tudo isso porque o Brasil se tem revelado um importante exportador de turistas, que, ansiosos por conhecer o mundo e por fazer compras no exterior, estão levando na bagagem o idioma do maior país da América Latina.
Seguem dois links para os interessados:
No mundo das artes, a língua portuguesa também marcou presença internacional. Vejam esta:
“Pela primeira vez, foi em português o agradecimento à entrega do Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional na Bienal de Arte de Veneza, concedido neste sábado (1º).
O ‘muito obrigado’ foi pronunciado pela ministra da cultura de Angola, Rosa Cruz e Silva, comissária do pavilhão, com o projeto ‘Luanda, Cidade Enciclopédica’.”
À parte essa movimentação, o nosso Neymar embarca para a Espanha e ouço comentários de que o rapaz já deveria ter aprendido a falar a língua do país, coisa que, aparentemente, ele ainda não fez. Faz sentido essa cobrança?
O fato é que já adquirimos o hábito de nos desdobrarmos para falar línguas estrangeiras – e aqui reproduzo um pequeno trecho bem-humorado da coluna de ontem do professor Pasquale na Folha:
Divirto-me com o contorcionismo de alguns apresentadores do rádio e da TV para pronunciarem “Connecticut” do jeito que acham que se pronuncia no inglês americano (algo como “conéricât”). Nessas horas, vem-me à lembrança o que dizia o grande Eça (algo como “Tenho obrigação de falar mal qualquer língua que não seja o português”).
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/pasquale/2013/06/1290487-a-cidade-de-oklahoma-city.shtml
Será que o Neymar tem mesmo a obrigação de chegar à Espanha falando como um espanhol? Ou será que a nossa estrela do futebol poderá, naturalmente, divulgar a língua portuguesa por lá? Afinal, como é que uma língua se torna hegemônica?
Numa época dinâmica como a de hoje, além do turismo e da economia, as artes, o futebol, enfim, os nossos produtos culturais também podem promover a nossa língua.
Nunca fomos o “maior país da América Latina”.Essa é a América que fala espanhol, a América dos Latinos. Estamos na América do Sul,o que é outra coisa. Fomos enfiados á força dentro de um falso saco rotulado ‘América Latina’ por preconceito,desprezo e ignorância — a mídia americana achava que nós falávamos espanhol, ignorância alimentada também por muitos correspondentes de jornais e revistas americanos — muitos do quais descendentes de latinos — que sempre sacanearam o Brasil vendendo-nos lá fora como uma espécie de genérico de hispãnico,uma “subcultura” deles. e pra ajudá-los a falta de vergonha da mídia brasileira q,colonizada como ela só,contribui pra esse travestismo do povo e cultura brasleiros.Somos culturalmente a América Afro-Portuguesa e fiscamente parte da América do Sul.Só.Se o Brasil tivesse mais personalidade a língua portuguesa teria um status muito maior no mundo pois e,aliás,bem mais sofisticada do q o presunçoso mas mais pobre espanhol.
Você sabe a razão pela qual se usa a denominação “América Latina”? Você sabe, por acaso, o que são língua neo-latinas?
Olá, Thaís, e a todos!
Admiro muito sua habilidade em nos proporcionar textos como este último, enaltecendo a nossa língua materna, Dividimos a mesma paixão por ela, e tenho esperanças de que a língua portuguesa conquista ainda maiores espaços, vencendo obstáculos e paradigmas. Grande abraço,
Daniella.
A profrssora THAÍS é uma verdadera deusa do saber: como contribui para o aprendizado da Língua Portuguesa por parte de quem a lê e dos milhares de alunos que ja teve pelo nosso imenso Brasil. É uma verdadeira mestre.