Favor e gentileza
Um favor é algo que se faz de graça, sem obrigação. Atuar em favor de uma causa é fazê-lo em benefício dessa mesma causa. Conquistar o favor de alguém nada mais é que granjear a simpatia da pessoa. A expressão “por favor” é uma espécie de símbolo da boa educação. Cedo aprendemos a usá-la antes de fazer algum pedido.
Convém observar que o modo verbal que usamos para pedir é o mesmo que usamos para mandar, para aconselhar e para convidar. Estamos falando do chamado “imperativo”.
Qualquer um percebe, no entanto, a diferença entre “Entregue o relatório até as 14h” e “Por favor, entregue o relatório até as 14h”. Claro está que, no ambiente de trabalho, sobretudo quando há hierarquia entre as partes envolvidas, a transformação da ordem em pedido indica respeito, é um traço de gentileza, mas não é segredo para ninguém que “pedido de chefe é ordem”, certo?
Há quem prefira usar a palavra “favor” de maneira “econômica”, sem a preposição “por” e seguida de um verbo no infinitivo impessoal. Quem já tiver recebido uma mensagem do tipo “Favor entregar o relatório até as 14h” certamente terá sentido o impacto dessa construção, que pode sugerir rispidez.
É provável que esse efeito rude esteja ligado mais à forma verbal que ao substantivo “favor” isolado da locução. Quando em exercício de ordem-unida, no Exército, a tropa recebe do comandante instruções do tipo “Batalhão, apontar… armas!”, “Descansar!”, “[À] direita, volver!”. Nesse caso, a opção pelo infinitivo com valor de imperativo é adequada, pois trata-se de um comando a ser seguido pela tropa como se ela fosse um só corpo. A impessoalidade da forma verbal (sem flexão de pessoa gramatical) enfatiza a ação em si.
No ambiente de trabalho, esse tipo de construção sintática funciona como um marcador hierárquico, desnecessário quando cada um conhece sua posição e suas funções. Além do mais, um pouco de gentileza costuma trazer melhores resultados (já dizia o profeta!).
Olá! Por gentileza, gostaria de saber a razão de não ter sido empregada a próclise nesta frase: “pois trata-se de um comando…”?
Carlos Alberto, “pois” é uma conjunção coordenativa. A próclise ocorre nas orações subordinadas desenvolvidas. Abraços 🙂
Professora:
“até as 14h” não ocorre crase?
Olá, Antonio, tudo bem? Não ocorre crase quando a preposição que antecede o artigo não é o “a”. POr exemplo, uma reunião pode estar marcada para as 15h. Não ocorre crase, pois a preposição que antecede o artigo é o “para”. O mesmo se dá com “até as 15h”. Abraços :0
Por favor, continua assim com a gentileza de suas explicações tão sucintas. Grato. Prof. Gilber
Por favor, Thaís, continue com a gentileza de suas explicações tão sucintas.
O pai disse para o filho:” Zezinho, peça desculpas àquela senhora. Sem querer você pisou no pé dela…”
Zezinho pediu desculpas dizendo:”Desculpa…”
Penso que o certo seria o Zezinho dizer: “Desculpe…” Estou certo sra. Nicoleti?…
O contexto leva a crer que sim, pois o garoto não se dirigiria à senhora usando a segunda pessoa do singular (desculpa), e sim usando a terceira pessoa (desculpe-me). Como sabemos, no entanto, é muito comum no discurso oral a mistura de pessoas gramaticais. Em São Paulo, por exemplo, é extremamente comum que o imperativo vá para a segunda do singular (“Faz um 21”, dizia uma campanha publicitária). Abraços 🙂
Bom dia, eu sou tão grato que eu encontrei sua página do blog , eu realmente encontrei por erro, enquanto eu estava olhando no Bing para outra coisa, Independente Eu estou aqui agora e gostaria apenas de dizer elogios por um post enorme e tudo volta emocionante Blog (eu também adoro o tema / design) , eu não tenho tempo para navegar tudo no momento, mas eu tenho o livro marcou – lo e também os seus feeds RSS , então quando eu tiver tempo eu vou estar de volta para ler um muito mais, Por favor, manter o trabalho impressionante . relação de [url=http://dubaiescortzone.com/]women escorts[/url]