Esdrúxulo

Thaís Nicoleti

Não por acaso, foi intitulada “Esdrúxulo” a exposição  que homenageia Augusto dos Anjos por ocasião do centenário de sua morte.

O termo designa aquilo ou aquele que é excêntrico, extravagante, fora dos padrões e, ao mesmo tempo, o verso terminado em palavra proparoxítona. Augusto dos Anjos é o que se pode chamar de um poeta singular.

Sua poesia é conhecida pelo emprego inusitado de termos científicos, talvez os únicos capazes de exprimir não tanto um universo sombrio, mas a consciência da morte como finitude da matéria.

É preciso lembrar que o bardo paraibano viveu seus parcos 30 anos entre o final do século 19 e o início do século 20, período cujo pano de fundo eram teorias como o positivismo, o determinismo e o evolucionismo.

Quem ainda não passou pelas Casa das Rosas poderá fazê-lo até o próximo domingo, 1º de março.

Se  você pretende tirar uma foto para registrar a sua presença lá, saiba que o cenário imita lápides de um cemitério, nas quais se inscrevem alguns dos poemas.

A ANJOS - Poema Negro + Asa de Corvo

Augusto dos Anjos - Idealismo

 

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