Pedagiar e escanear

Vale ainda conversar um pouco mais sobre a conjugação dos verbos terminados em “-iar” e “-ear”. Apesar de uma confusão aqui, outra acolá, muitas vezes fruto da preocupação em “acertar” (a chamada hipercorreção), a tendência dos falantes do português é intuitivamente fazer as flexões adequadas. Isso ocorre porque quem conhece uma língua internaliza a sua […]

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“Media” ou “medeia”?

Agora estamos diante de um verbo irregular. O verbo “mediar” termina com “-iar”, mas conjuga-se segundo o modelo daqueles terminados em “-ear”. É isso mesmo. A forma correta é, portanto, “medeia”. Essa irregularidade ocorre em alguns verbos da língua portuguesa. Os que são mais usados não suscitam dúvida, pois estão na memória dos falantes. Vejamos […]

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“Varia” ou “vareia”?

O verbo é “variar”, com “i”, portanto… você já sabe: alguma coisa varia. Essa é a forma reconhecida no padrão culto da linguagem. É fato que, em alguns registros orais da língua, vamos ouvir a forma “vareia”, que já foi até bordão de personagem humorístico. Quem precisa usar a língua na variante formal diz (e […]

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“Arria” ou “arreia”?

Essa dúvida está diretamente relacionada ao tema que estávamos examinando. Para resolvê-la, no entanto, temos de saber qual é o sentido pretendido por quem vai empregar a forma verbal. Existem as duas formas porque existem os verbos “arriar” e “arrear”. São parecidos quanto à forma, mas diferem quanto ao significado. Constituem o que chamamos de […]

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Ela “se maquia” ou ela “se maqueia”?

Volta e meia, alguém tem essa dúvida. Afinal, como se conjuga o verbo “maquiar”? Ela se maquia ou ela se maqueia? Não é difícil encontrar a resposta certa. Basta observar a terminação do verbo: “maquiar” termina em “-iar”. Trata-se, portanto, de um verbo regular, pelo menos em princípio. Dessa informação deduz-se que terá o mesmo […]

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“Extravazar” ou “extravasar”?

A dúvida não é pouco frequente e, apesar da existência de corretores ortográficos eletrônicos, deslizes dessa natureza ocorrem até mesmo em editoras. Um fragmento do romance japonês “Mil Tsurus”, de Yasunari Kawabata, ilustra o problema: Aquilo espantou Kikuji. Não havia o menor sinal de inimizade ou de maldade nas atitudes dela. Mas, ao contrário, a […]

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O amor e os performativos

“Em linguística, chamamos performativas aquelas expressões que, ao serem proferidas, constituem o fato do qual elas falam. Exemplo clássico: um chefe de Estado dizendo ‘Declaro a guerra’ – essa frase é a própria declaração da guerra.” O fragmento é de Contardo Calligaris, extraído do texto “Palavras de amor” (http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2013/08/1323252-palavras-de-amor.shtml) , no qual o psicanalista propõe a […]

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Ser fêmea de hipopótamo: uma conversa sobre o gênero do substantivo

“Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim.” Assim se intitulava saborosa crônica de Rubem Braga escrita nos anos 50 do século passado. O cronista, engalfinhado com questões dificultosas da nossa língua, entediava-se com o português de “quiz show”, que, com suas “pegadinhas”, só servia mesmo, segundo ele, para fazer palavras cruzadas. Seu texto à época […]

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Os protestos e a língua portuguesa

Os recentes protestos da população em várias cidades do país, além de toda a sua natural repercussão, ensejaram alguns comentários em redes sociais sobre os já célebres “erros de português”, ora escritos em cartazes, ora verbalizados. Em primeiro lugar, é preciso observar que o que se vê nas situações de espontaneidade é a língua viva, […]

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Não confunda “a fim de” com “afim”

Um de nossos leitores pediu esclarecimento sobre a distinção entre “a fim” e “afim”. Muito bem. A primeira forma integra locuções (a fim de, a fim de que), enquanto a segunda é um adjetivo e, como termo jurídico, também um substantivo. Vamos observar quando se usa cada uma delas. A FIM DE/ A FIM DE […]

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